por Roberto Zapotoczny Costa
No quesito direção defensiva, os números mostram que as mulheres são mais cuidadosas no trânsito e se envolvem menos em acidentes. E para o Dia Internacional da Mulher, conversamos com o especialista em segurança pessoal Roberto Costa e com a jornalista especializada Milene Rios para falar sobre outro aspecto muito importante relacionado às mulheres no trânsito: como garantir a segurança pessoal. Confira as dicas!
Embarque seguro
Uma forma segura de entrar no carro estacionado na rua não pode demorar mais do que 15 segundos. É muito importante que a mulher não fique parada do lado de fora do veículo procurando a chave na bolsa. E antes de se aproximar do local onde o carro ficou estacionado, o ideal é que fazer um escaneamento rápido das pessoas que estão em volta. Se não houver ninguém em atitude suspeita, e já com a chave na mão, é a hora certa de entrar no carro e dar a partida. O cinto de segurança pode ser travado com o carro já em movimento.
Objetos de valores
Segundo as pesquisas, quanto mais objetos de valor estiverem dentro do carro – de cartões de crédito, dinheiro a documentos pessoais, como passaporte ou carteira de trabalho -, mais alta é a chance de reagir a um assalto. Por isso, uma estratégia importante nestes casos é levar a menor quantidade possível de itens de valor na bolsa. Carregar poucos cartões de crédito e não ter muito dinheiro em espécie, por exemplo, são práticas bastante indicadas para se evitar transtornos.
O local certo para a bolsa
Os criminosos são muito estimulados pelo aspecto visual. Ou seja, o assaltante vai deflagrar um plano de roubo se perceber que realmente a ação valerá a pena de alguma forma. Entre um carro parado no trânsito com os vidros abertos e uma bolsa no banco do carona e um veículo com os vidros levantados e sem uma bolsa visível, a segunda cena tem um potencial muito menor de gerar um roubo. Devido a isso, levar a bolsa no porta-malas é sempre mais seguro. Ou, se ela for pequena, encaixá-la entre a perna esquerda e a porta do carro. O importante é não deixá-la visível. Mesmo atrás do banco, a tendência é que ela não fique totalmente escondida, ainda mais para quem é treinado e costuma caminhar entre os veículos no trânsito exatamente procurando objetos de valor atrás dos bancos frontais.
Comportamento ao volante
Mostrar atenção ao volante é outra ação bastante eficaz. Tudo deve ser pensando de forma a evitar se tornar um alvo fácil para os criminosos. Por exemplo, ao parar no semáforo, a motorista que deixa uma boa distância do veículo da frente, está criando um padrão diferente da maioria. Exatamente por chamar atenção de todos, esta é uma boa prática, porque gera desconforto a quem vai praticar o crime. É uma atitude, explica Costa, que tende a evitar em 100% a possibilidade de roubo no semáforo. “O alvo perfeito é aquele que demonstra distração, muitas vezes com o celular em mãos, e segue o mesmo padrão dos demais motoristas”, afirma o especialista.
Longe de armadilhas
É natural que logo após uma pequena batida, uma pedra no para-brisa ou a queda em um grande buraco, a motorista decida parar o carro para ver o que ocorreu. Mas essa é uma prática perigosa. As estatísticas mostram que os ladrões trabalham com uma distância de reação de até 200 metros para que ocorra a parada não programada. Por isso, depois de uma pequena batida, um objeto jogado no vidro ou mesmo um pneu furado, a dica é não parar antes de alguns quilômetros nem em lugares escuros ou com poucas pessoas circulando. Mesmo com risco de perder uma roda ou um pneu, o ideal é percorrer por volta de dois quilômetros e escolher um ponto de apoio seguro para estacionar, como postos de gasolina. Parar para ajudar as pessoas na rua, infelizmente, também pode ser arriscado. O melhor a fazer nestes momentos é ligar para o 190 e chamar a polícia.
Ruas iluminadas
De forma geral, a abordagem para o roubo do carro costuma ocorrer de surpresa e muitas vezes em lugares desertos e mal iluminados. Não que não possa ocorrer à luz do dia e em ruas movimentadas. Mas é importante, sempre, ao longo do caminho do dia a dia, tentar evitar ruas com pouca circulação de pessoas e, à noite, que não tenha iluminação.
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